A pedagogia Waldorf nasceu do caos social e económico que se seguiu à I Guerra Mundial. Após o derrube das velhas formas sociais, aqueles que se esforçavam por conseguir uma Europa de futuro, procuravam novas orientações.
Rudolf Steiner, fundador do movimento Antroposófico, que era um dos líderes do movimento para uma renovação social, e Emil Molt, diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astória, em Stuttgart, na Alemanha, fundaram, em setembro de 1919, a primeira escola Waldorf, para os filhos dos funcionários dessa fábrica.
A escola assentava na sua conceção social e antropológica, e pretendia que as crianças e jovens recebessem uma educação escolar mais adequada às reais necessidades do desenvolvimento humano na modernidade.
As ferramentas que irão promover esta educação deverão procurar uma flexibilidade, uma qualificação básica multidisciplinar, um interesse ativo por todos os aspetos da vida e uma vontade comprometida com o social.
O pensar, o sentir e o querer, forças que emergem paulatinamente durante as diferentes fases do desenvolvimento do ser humano, são as dimensões que sustentam a base desta educação.
O desenvolvimento humano é visto em septénios marcados por diversas transformações quer físicas, quer fisiológicas, quer psicológicas. Ou seja, a vida humana não decorre de forma linear, mas em ciclos de sete anos aproximadamente. Cada ciclo apresenta momentos diferenciáveis, nos quais surgem ou despertam interesses latentes e necessidades concretas. Embora essa divisão possa ser observada durante a vida inteira, a educação, no sentido comum, limita-se aos primeiros 21 anos de vida, ou seja, aos três primeiros septénios.
Na perspetiva de Steiner, o desenvolvimento do primeiro septénio ocorre em condições ideais se for dada à criança a oportunidade de se desenvolver num ambiente familiar, na companhia dos pais, brincando com os irmãos, num ambiente onde possa conviver com os afazeres da casa e com a natureza. Como atualmente as condições de vida são totalmente adversas a esse ideal, o jardim de Infância procura recriar, dentro do possível, esse ambiente ideal.
Sobre a base da sua investigação científica e espiritual, e fiel à ideia do homem como um ser tripartido (corpo, alma e espírito) Rudolf Steiner pretendeu responder às necessidades essenciais do Homem e aos problemas do indivíduo na sociedade moderna e pós-moderna, elaborando uma conceção do ser humano que deu origem a diversos impulsos: pedagogia, organização social, arte, agricultura, medicina, arquitetura, etc.
Rudolf Steiner antecipou a problemática social e ecológica e referiu que, para a abordagem desta difícil tarefa, não é suficiente a aquisição de conhecimentos científicos e técnicos. O fundamental consiste em conseguir um pensamento vivo e global que permita atuar com independência e iniciativa, com competência para tomar decisões e com uma capacidade de atuar autónoma e livre, assente na responsabilidade social.
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